Conforme vimos na parte 1, é possível identificar alguns
males e doenças de maneira simples, evitando estardalhaços e saídas loucas de
madrugada para o PS. Às vezes o bicho é menos feio do que pintamos.
Vou compartilhar com vocês algumas das minhas experiências
nada prazerosas, mas que podem ser úteis. E para mostar que todas nós estamos
no mesmo barco e enfrentamos perrengues parecidos.
A primeira vez que tive de lidar com a febre na Maria Luisa
foi aos 10 meses. Quando falo isso muitas mães que conheço riem alto. O motivo
da risada é de a primeira febre ter demorado tanto a aparecer. Acho que por
isso eu fiquei tão desesperada.
Passou um dia, passaram dois dias e nada da febre
desaparecer. Medicava com antitérmicos, mas não surtia muito efeito. A febre
nunca baixava totalmente. Foi quase uma semana de febre e idas e vindas ao
médico sem que nada fosse descoberto. Até que num sábado à tarde levei ao PS.
Fiquei com ela em observação uma tarde inteira fazendo exames. No último exame,
eis o diagnostico: infecção urinária. Culpei-me horrores, perguntei o que eu
poderia estar fazendo errado, eu que sempre cuido tanto. E a médica simplesmente
disse que muitas vezes é propensão, hereditariedade. Mamãe tem, filhinha com
grandes chances de ter. Pois é.
Antibiótico.
Passado o susto, pouco depois os episódios de febre louca
retornaram, mas desta vez o diagnóstico foi certeiro: amidalite. Fiquei tão horrorizada em saber que a Maria Luísa estava com
amidalite que quase surtei. Para quem me conhece bem isso não é nenhuma
surpresa, afinal quase morro com amidalites repetitivas até hoje. E tome antibiótico e xarope. Tudo certo,
curado.
Acho que umas duas semanas depois, às vésperas de viajar
para São Paulo, eis que surge tosse e febre novamente. Dessa vez era a tal da
bronquite. Ai como eu detesto trocas de estação. A coitadinha é toda alérgica como eu: a tal da hereditariedade
batendo na porta de novo.
Surtei e dei pulos quando soube que teria que fazer
nebulização (ou inalação, como predferir). O que? Na minha filhinha? Passar tudo
o que eu passei na minha infância? Chorei. Chorei litros. Até que nessas idas
loucas ao pediatra você conversa com outras mães, e descobre que esses
probleminhas são tão corriqueiros que chega a ser irritante. É hereditário, é o
clima, é isso, é aquilo. Todo mundo tem uma explicação. E a nós, mães (e pais)
cabe apenas aceitar. E dar o antibiótico certinho.
Quando a Maria Luísa fez um ano, fomos até a casa de uns amigos no sul do estado. Lá é sitio, então é tudo uma delícia. Mesa farta,
leite direto da vaca, tudo fresquinho e natural. Tudo certo, se não fosse minha filha se
atracar a comer nata. Ela comia pão com nata em casa, mas é lógico que eu nem
imaginei que a nata pura do sítio (bem mais forte do que a gente compra em
mercado) pudesse fazer mal a ela. No final do feriadão ela já estava com febre.
Achei que era um resfriado ou gripe,
afinal estava muito frio. Mas não era.
Diarreia, assaduras de ficar em carne viva, febre. Foram
semanas e mais semanas entre pediatra, gastro e dietas para descobrir que ela
tem colo irritável ao leite. Dos males o menor, o primeiro diagnóstico era
alergia a proteína do leite. Pense um bebê de um ano não poder tomar leite nem
derivados? É um problemão. Pesquisei muito sobre o assunto e descobri que é
extramente comum. Infelizmente.
Minha gatinha toda agasalhada para o frio. Mal sabia eu que o frio era o menor problema |
Hoje a alimentação da Maria Luísa é controlada. Qualquer
excesso em leite, gordura, doce (ou todos juntos como no caso do brigadeiro e
chocolate) a irritação volta. E com ela todos os problemas.
Mas não me queixo. Todos estes probleminhas são pequenos perto
do que a gente vê por aí.
Controlo a alimentação dela alternando leite de baixa
lactose com leite comum. No dia que ela come requeijão, não come iogurte. E
assim Maria Luisa come de tudo e é feliz.
Hoje tenho um nebulizador em casa não surto mais com isso.
Na verdade, hoje eu acho que nebulizador deveria ser presente de Chá de Bebê,
porque é ótimo ter em casa. Não só para crises de bronquite, nebulização só com
soro fisiológico faz milagres em crianças que estão com coriza e nariz
entupido. É um alívio antes de dormir.
E para quem vai comprar vai a dica: pague um pouco mais, porem compre um nebulizador que possa ser utilizado com a criança deitada. Eu comprei
do mais simples porque tinha certeza que usaria apenas uma vez, e me arrependi.
Nebulizações de madrugada são complicadas quando temos que acordar os pequenos.
No inicio, como toda mãe de primeira viagem eu ficava louca
com o menor sinal de febre. Hoje já estou mais relaxada. Não corro mais para
dar antitérmico no primeiro sinal de febre. 37,8°C é febre então tem que dar
remédio. Não é bem assim. A febre é a defesa do organismo dos pequenos, se ela
estiver controlada, não tem por que medicar. Hoje eu já aguento até 38,5°C, aí
medico. Sair correndo para o médico, apenas com febre incontrolável. Com a febre sob controle, costumo esperar pelo menos dois dias para procurar o médico, pois
este costuma ser o prazo para “aparecer” sua causa
.
.
Acredito que intuição e experiência são as palavras chave para as mamães. Conforme
o tempo vai passando, a gente vai conhecendo melhor nosso filhote. Mas mesmo
que não pareça nada, se a sua intuição mandar levar ao médico, leve. Neste caso
é melhor pecar pelo excesso de zelo. Sempre.
E último recado e não menos importante: amamentação. não é demagogia não viu? A primeira febre da Maria Luisa coincidiu de ser logo depois que ela deixou o peito.Por isso meninas, amamentem. Encorajem suas parentes, amigas e conhecidas a amamentar. Não é brincadeira os benefícios que o leite materno traz para nossas crianças. Criança que mama dificilmente pega resfriado forte e tem outras doenças.
Beijinhos
Mi
Maria grudada na maminha aos 4 meses. |
Beijinhos
Mi
Quero que fique bem claro que o post acima não tem
fundamento científico. Também não aconselho de maneira nenhuma a automedicação.
Trata-se apenas de experiências pessoais.
Tô passando pela maratona de gripes aqui em casa! Isso que a Aymê ainda mama no peito. Adaptação do corpinho a escolinha, acredito eu! Bjo!
ResponderExcluirÉ isso sim Jac!
ExcluirPara vc ter uma ideia, a Maria Luísa está tossindo e resfriada de novo!!!!
Beijos