sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dica de Receita - Bolo de coco

Se tem uma coisa que eu adoro na vida é coco. Qualquer sobremesa de coco me faz um bem danada que vocês não tem noção!

Sempre gostei daqueles bolos tipo "toalha felpuda" sabe? Mas nunca tive carão de fazer.
Esses dias no meu feed de notícias do Face, o Tudo Gostoso indicou uma receita de bolo de coco. Me animei.

Quando abri a receita, achei meio complicada sabe? Aí já não me ganha.

Como sou inquieta na última potência, saí atrás de uma que fosse mais fácil e que contemplasse os ingredientes que eu tinha em casa.

Eis a bendita:

BOLO DE COCO DE LIQUIDIFICADOR


Ingredientes:

4 ovos
1 lata de leite condensado
1 xícara e 1/2 de coco ralado
1 xícara de chá de farinha de trigo
2 colheres de sopa de margarina
1 colher de sopa de fermento em pó
1 xícara e 1/2 de doce de leite cremoso
Margarina e farinha para untar


Modo de preparo:

Bater no liquidificador os ovos, o leite condensado, 1 xícara do coco ralado (reserve 1/2 xícara), a margarina e a farinha de trigo até ficar homogêneo
Adicione o fermento mexendo bem com uma colher
Coloque em forma untada e enfarinhada de buraco no meio de 24 cm de diâmetro
Leve ao forno médio, pré-aquecido, por 25 a 30 minutos ou até que ao enfiar um palito, este saia limpo
Retire do forno, espere amornar e desenforme
Espalhe por cima do bolo o doce de leite cremoso e o coco ralado reservado

Foto meio tosca porque bati com o celular. Mas ficou apetitoso : - )



Facinho né? Só não fiz a cobertura porque evito excesso de doces por causa da Maria Luísa.

Receita original AQUI.

Bom final de semana.

Beijinhos

Mi


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Chave na mão... Agora vai!

Então hoje chegou o tão esperado dia: a entrega das chaves do nosso novo apartamento. Conseguimos que a entrega fosse feita no ato da entrada do registro de imóveis e não apenas no final do processo. Isso foi muito bom, pois ganhamos uns 20 dias mais ou menos.
20 dias é um bocado de tempo para quem espera desde janeiro pela tão sonhada humilde residência (desculpe o trocadilho, foi inevitável).  Como o apartamento é novo, tem piso apenas nas partes frias que são os banheiros (yes, agora teremos 2), cozinha, lavação e sacada. O restante do apartamento está apenas com o contrapiso.

Vista da sala de dentro da cozinha. Sem piso ainda.


Aí começou nosso dilema: qual piso? A primeira opção era o laminado de madeira.  Pisos laminados são bonitos e práticos. Deixam o ambiente aconchegante. Mas chegamos a conclusão que seria meio inviável com criança pequena. Esses pisos são frágeis no quesito umidade. E umidade existe aos montes com um bebê de 2 anos: xixi no chão (desfralde, ai que desgaste que não acaba mais), suco no chão, água no chão. São frágeis também na questão de resistência a riscos, e isso com certeza inclui risco s de lápis, caneta, giz de cera... ahhh essas crianças...

Laminado é lindo né?

Como segunda opção, optamos pelo porcelanato mesmo. Apesar do estresse maior em contratar mão de obra e colocação, ele atenderá melhor nossas necessidades. Seu único porem é ser frio. Mas isso a gente acostuma.

A cor é um pouco mais clara que essa. Um bege mais escuro. N'ao sei explicar. Mas este é fosco e o que escolhemos é com brilho.


Alem do piso, eu queria muito fazer molduras de gesso.  Acho lindo e sofisticado. Apenas molduras, pois não gosto de teto rebaixado. Acho bonito se você mora em uma casa com pé direito alto, mas não em um apartamento padrão com seus 2,60m de altura. Parece que o rebaixado deixa o apartamento ainda menor. Me sufoca. Opinião pessoal. E lindos rodapés combinando com a sanca. Não, nada disso. Abortado o plano gesso. Explico o porquê.

Bem desse jeito que quero fazer. Sem muito mimimi

Como o apartamento é pequeno, vamos fazer todos os móveis embutidos. Minha condição é fazer todos os armários partindo do teto, pois detesto “coisas” empilhadas em cima de guarda-roupa, por exemplo.  E muitos armários para que caiba todas as tralhas que vejo jogadas pelos cantos em meu apartamento atual.

Como o dinheirinho hoje vai dar só para fazer a cozinha (feliz da vida, pelo menos deu para fazer a cozinha, yes!), os outros cômodos vão ter que  esperar um pouco. E os acabamentos de sanca e rodapé também, pois não vou colocar em todo o apartamento e ter que tirar depois por causa dos moveis. Custo não eh mesmo?
Ahhh minha cozinha americana. Ou o início dela :)

Apartamento novo é uma coisa louca. Não sei ao certo o que estou sentindo. Acho que é uma sensação parecida com comprar um carro zero. Embora eu nunca tivesse tido um, mas convivi de perto com quem teve. É como se estivéssemos escolhendo os opcionais do carro neste momento. Os opcionais seriam o tipo e a cor do piso, a cor do granito da cozinha, dos armários, os projetos que temos para este lugar. Um misto de orgulho e realização.

Vista da sacada

Apesar do saudosismo e do carinho que tenho pelo lugar onde moro hoje, ele nunca foi definitivo. E eu sempre soube disso. Entramos para morar aqui sabendo que sairíamos em pouco tempo. Mas o pouco tempo durou mais de três anos, impossível não se apegar.
Não investimos e nem fizemos nada de especial aqui com relação a melhorias e móveis. Sempre foi tudo provisório. Acho que por isso que estou me sentindo como se fosse “a primeira vez”. Porque esta sim vai ser nossa casa de verdade, do jeito que sonhamos, pois contempla tudo que queríamos. Vai ficar do jeito que almejamos. Nem que demore mais 5 anos, mas vai.

Acho que este post deveria se chamar Confissões de uma pitaqueira sonhadora. Rindo litros agora.

Beijinho povo!

Mi

Créditos das fotos: Apartamento, laminado (divulgação), gesso,  porcelanato.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Boas novas. Casa nova.


Quem convive comigo mais de perto sabe que desde o início do ano eu e meu marido decidimos que mudar para Joinville seria a melhor opção. Ele está trabalhando lá desde outubro do ano passado e está cada vez mais inviável morar longe. 



Ele, que sente falta de ter uma casa, pois está morando com a irmã. E eu e a Maria Luísa que ficamos sozinhas pelo menos 4 dias por semana. Na verdade, a Maria Luísa é um capítulo a parte. A cada dia que passa ela entende mais e melhor sobre a ausência do pai. Isso está sendo bem difícil de administrar. É duro ver minha filha chorando de saudade do pai. Meu trabalho eu tenho feito, que é abraçar, consolar e explicar que o papai precisa trabalhar. Mas tem horas que não surte muito efeito.

Quando é pequena é muito mais fácil ;)


Desde janeiro estamos procurando um apartamento para morar.  E eu confesso que não imaginava que seria tão difícil encontrar.  Você começa a procurar um certo tipo de apartamento, mas conforme vai visitando, você vai mudando de ideia. A verdade é que a gente sempre procura algo mais. Eu e o meu marido éramos convictos de apenas uma coisa: precisava ter 3 quartos. Quando chegou mais para o final, eu não abria mão de ter mais um banheiro e ele de ter churrasqueira na sacada. Queríamos que estivesse semi-mobiliado, pelo menos com cozinha pronta. E que ainda coubesse no valor que estávamos propostos a pagar. E acha? Não, não acha.
Sempre faltava algo. E então seguimos o conselho da corretora: Vocês vão saber quando for o apartamento de vocês. Vocês vão entrar e vão se sentir morando no lugar. E não era papo de corretora.

Visitamos TODOS os apartamentos disponíveis na cidade e que contemplavam mais ou menos o que idealizávamos: relativamente perto do centro, comércio com vida própria, escola, bairro tranquilo. Eu falo com convicção “todos” porque Joinville trabalha num sistema de rede e parceria entre as imobiliárias. Através de um só corretor você tem acesso aos imóveis de todas as imobiliárias.

De janeiro até abril nós visitamos mais de 30 imóveis. O que nós gostamos não deu negócio (rolo judicial). Os que tinham boa mobília, não contemplavam mais um banheiro ou a churrasqueira. Ou o apartamento era ótimo, mas era longe de tudo. Ou tudo era legal, mas não cabia no bolso. Foi muita sola de sapato e tempo gasto.
Quando tudo parecia perdido, minha corretora teimou em visitar um apartamento em um prédio novo ao lado do prédio dela. Eu disse que não, pois era muito caro e eu não queria passar raiva. Ela insistiu para matar tempo, afinal eu tinha que esperar a minha carona chegar.



E a danada estava certa: eu me senti morando naquele lugar. Como pode? Eu me senti morando num apartamento  que não tinha nem piso!!!!!  Nisso meu marido chegou, e para nossa surpresa se sentiu do mesmo jeito que eu. O único porém é que estava totalmente fora do que podíamos pagar. Estava custando R$50.0000,00 a mais do que o valor que estávamos procurando. Fora o fato de que é muita despesa além do apartamento. Piso para colocar, acabamentos para fazer, mobília. Não dava mesmo.

Voltamos para Blumenau com a pulga atrás da orelha e no caminho mesmo decidimos vender o apartamento de Blumenau. Ô dor no coração. Mais do que financeiro (porque afinal, manter o apartamento aqui é uma fonte de renda), é a dor emocional. Não tem como deixar o saudosismo de lado. Eu e o Adair entramos aqui como duas pessoas, e hoje somos uma família. Nossa família nasceu aqui. Um casal, depois um bebê. É muito apego.

Segundo aniversário da Maria Luísa no nosso lar. Apego na última potência.


Fizemos a proposta para a construtora num valor R$20.000,00 abaixo do proposto. E para nossa surpresa eles aceitaram. A explicação veio depois: era uma das últimas unidades e eles queriam vender logo para concentrar esforços de venda para outro empreendimento.

Fechamos negócio. Faz conta daqui, faz conta de lá. Decidimos não vender o apartamento de Blumenau. Colocamos todas as economias nesse sonho e vamos apertar a situação financeira. Tenho certeza que vai valer a pena.

Agora é só aguardar os trâmites legais finais na Caixa Econômica. Falta ainda uma assinatura no contrato, registro de imóveis e a chave é nossa.

Residencial Alamedas - Onde construiremos nosso novo lar.


Desculpe o post grande. Mas eu tinha que compartilhar com vocês mais esta vitória!

Beijinhos
Mi

Fotos: Acervo pessoal | Divulgação.

terça-feira, 8 de maio de 2012

E quando a cria fica doente – Parte 2


Conforme vimos na parte 1, é possível identificar alguns males e doenças de maneira simples, evitando estardalhaços e saídas loucas de madrugada para o PS. Às vezes o bicho é menos feio do que pintamos.
Vou compartilhar com vocês algumas das minhas experiências nada prazerosas, mas que podem ser úteis. E para mostar que todas nós estamos no mesmo barco e enfrentamos perrengues parecidos.

A primeira vez que tive de lidar com a febre na Maria Luisa foi aos 10 meses. Quando falo isso muitas mães que conheço riem alto. O motivo da risada é de a primeira febre ter demorado tanto a aparecer. Acho que por isso eu fiquei tão desesperada.


Passou um dia, passaram dois dias e nada da febre desaparecer. Medicava com antitérmicos, mas não surtia muito efeito. A febre nunca baixava totalmente. Foi quase uma semana de febre e idas e vindas ao médico sem que nada fosse descoberto. Até que num sábado à tarde levei ao PS. Fiquei com ela em observação uma tarde inteira fazendo exames. No último exame, eis o diagnostico: infecção urinária. Culpei-me horrores, perguntei o que eu poderia estar fazendo errado, eu que sempre cuido tanto. E a médica simplesmente disse que muitas vezes é propensão, hereditariedade. Mamãe tem, filhinha com grandes chances de ter.  Pois é. Antibiótico.
Passado o susto, pouco depois os episódios de febre louca retornaram, mas desta vez o diagnóstico foi certeiro: amidalite. Fiquei tão horrorizada em saber que a Maria Luísa estava com amidalite que quase surtei. Para quem me conhece bem isso não é nenhuma surpresa, afinal quase morro com amidalites repetitivas até hoje.  E tome antibiótico e xarope. Tudo certo, curado.
Acho que umas duas semanas depois, às vésperas de viajar para São Paulo, eis que surge tosse e febre novamente. Dessa vez era a tal da bronquite. Ai como eu detesto trocas de estação. A coitadinha é toda alérgica como eu:  a tal da hereditariedade batendo na porta de novo.

Surtei e dei pulos quando soube que teria que fazer nebulização (ou inalação, como predferir). O que? Na minha filhinha? Passar tudo o que eu passei na minha infância? Chorei. Chorei litros. Até que nessas idas loucas ao pediatra você conversa com outras mães, e descobre que esses probleminhas são tão corriqueiros que chega a ser irritante. É hereditário, é o clima, é isso, é aquilo. Todo mundo tem uma explicação. E a nós, mães (e pais) cabe apenas aceitar. E dar o antibiótico certinho.

Quando a Maria Luísa fez um ano, fomos até a casa de uns amigos no sul do estado. Lá é sitio, então é tudo uma delícia. Mesa farta, leite direto da vaca, tudo fresquinho e natural. Tudo certo, se não fosse minha filha se atracar a comer nata. Ela comia pão com nata em casa, mas é lógico que eu nem imaginei que a nata pura do sítio (bem mais forte do que a gente compra em mercado) pudesse fazer mal a ela. No final do feriadão ela já estava com febre. Achei que era  um resfriado ou gripe, afinal estava muito frio.  Mas não era.
Diarreia, assaduras de ficar em carne viva, febre. Foram semanas e mais semanas entre pediatra, gastro e dietas para descobrir que ela tem colo irritável ao leite. Dos males o menor, o primeiro diagnóstico era alergia a proteína do leite. Pense um bebê de um ano não poder tomar leite nem derivados? É um problemão. Pesquisei muito sobre o assunto e descobri que é extramente comum. Infelizmente.

Minha gatinha toda agasalhada para o frio. Mal sabia eu que o frio era o menor problema

Hoje a alimentação da Maria Luísa é controlada. Qualquer excesso em leite, gordura, doce (ou todos juntos como no caso do brigadeiro e chocolate) a irritação volta. E com ela todos os problemas.

Mas não me queixo. Todos estes probleminhas são pequenos perto do que a gente vê por aí.
Controlo a alimentação dela alternando leite de baixa lactose com leite comum. No dia que ela come requeijão, não come iogurte. E assim Maria Luisa come de tudo e é feliz.

Hoje tenho um nebulizador em casa não surto mais com isso. Na verdade, hoje eu acho que nebulizador deveria ser presente de Chá de Bebê, porque é ótimo ter em casa. Não só para crises de bronquite, nebulização só com soro fisiológico faz milagres em crianças que estão com coriza e nariz entupido. É um alívio antes de dormir.
E para quem vai comprar vai a dica: pague um pouco mais, porem compre um nebulizador que possa ser utilizado com a criança deitada. Eu comprei do mais simples porque tinha certeza que usaria apenas uma vez, e me arrependi. Nebulizações de madrugada são complicadas quando temos que acordar os pequenos.

No inicio, como toda mãe de primeira viagem eu ficava louca com o menor sinal de febre. Hoje já estou mais relaxada. Não corro mais para dar antitérmico no primeiro sinal de febre. 37,8°C é febre então tem que dar remédio. Não é bem assim. A febre é a defesa do organismo dos pequenos, se ela estiver controlada, não tem por que medicar. Hoje eu já aguento até 38,5°C, aí medico. Sair correndo para o médico, apenas com febre incontrolável. Com a febre sob controle, costumo esperar pelo menos dois dias para procurar o médico, pois este costuma ser o prazo para “aparecer” sua causa

.
Acredito que intuição e experiência  são as palavras chave para as mamães. Conforme o tempo vai passando, a gente vai conhecendo melhor nosso filhote. Mas mesmo que não pareça nada, se a sua intuição mandar levar ao médico, leve. Neste caso é melhor pecar pelo excesso de zelo. Sempre.

E último recado e não menos importante: amamentação. não é demagogia não viu? A primeira febre da Maria Luisa coincidiu de ser logo depois que ela deixou o peito.Por isso meninas, amamentem. Encorajem suas parentes, amigas e conhecidas a amamentar. Não é brincadeira os benefícios que o leite materno traz para nossas crianças. Criança que mama dificilmente pega resfriado forte e tem outras doenças.

Maria grudada na maminha aos 4 meses.


Beijinhos

Mi

Quero que fique bem claro que o post acima não tem fundamento científico. Também não aconselho de maneira nenhuma a automedicação. Trata-se apenas de experiências pessoais.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Keep Calm...

Hoje era dia de escrever a segunda parte sobre bebês doentes.

Mas não teve jeito. Dia complicado, corrido e cheio de coisas para resolver.


Porque hoje é sexta minha gente!

Bom final de semana!

Beijinhos
Mi

quinta-feira, 3 de maio de 2012

E quando a cria fica doente? - Parte 1


Eita pergunta que deixa as mamães em polvorosa!!!  #asmaepira

Querida mamãe (e papai) que me lê neste momento, por mais que seu filho tenha uma saúde de ferro, uma hora ele vai adoecer. É um processo normal no desenvolvimento da imunidade dos nossos pequenos. Não faça como eu que batia no peito dizendo que minha filha nunca ficava doente. Cuspi para cima aos 10 meses da minha pequena.

A Maria Luísa tem uma saúde  boa, mas mesmo assim eu já me deparei com resfriado simples, amidalite, faringite, bronquite, infecção urinária e infecção intestinal. Ufa! Haja emocional para uma mãe hein? Porque vamos combinar, nada deixa a gente mais triste, mais frustrada, mais tudo de ruim do que nossa cria doente.



Quando solteiras, passávamos madrugadas em claro na gandaia e tudo bem no outro dia. Mas quando se trata de filho doente, uma noite em claro parece uma semana.  

Para não ficar louca de preocupação, tenho por hábito conversar muito com a pediatra da minha filha e ela me tranquiliza bastante. Quando não tenho como falar com ela, uma consulta a minha mãe ou ao Google ajuda. Porém muito cuidado com o que se lê por aí, tem muita gente que viaja e ensina receitas caseiras que são o ó. Procure informações em sites de confiança.

Em uma dessas surfadas na net atrás de respostas, achei um Manual de Primeiros Socorros que quero compartilhar com vocês. Confesso que sempre dou uma olhadinha antes de ficar apavorada e correr para o médico.

Manual de Primeiros Socorros – Por Dra. Raquel Guerra



Febre

Se você achar que a criança está quentinha, meça sempre a temperatura com o termômetro antes de qualquer coisa (se você  a levar ao médico dizendo que ela teve febre sem saber de quantos graus foram, ele não vai acreditar)

Conceito básico: FEBRE é temperatura acima de 37,8 º C. Menos que isso é estado febril e é normal. Até dente nascendo pode dar febre.

Se a criança está com febre, antes de qualquer coisa dê algo para ela baixar: dipirona ou paracetamol (Tylenol), sendo 1 gota por peso.

Banho morno para frio também ajuda.

- Criança com febre com MENOS DE UM MÊS —- Pronto Socorro AGORA!

- Prostrada, molinha, sonolenta – PS agora!

- Com manchinhas vermelhas pelo corpo – PS agora!

- De 1 a 3 meses – É bom levar ao médico

- Maiores que 3 meses – observe durante 3 dias alguma mudança (cocô, manchas na pele, gengivas inchadas, dores) se não houver nada, leve ao médico.

Não estranhe se o médico disser que os exames não apontam problema algum e pedir para você voltar para a casa e observar a criança (isso é claro, se ela estiver mais ou menos bem) Um bebê pode ficar até 3 dias com febre antes da causa aparecer.

Resfriado e Pneumonia

Bebê com nariz entupido tem uma baita falta de ar, pois eles respiram basicamente pelo nariz. É só pingar com o conta-gotas, algumas gotinhas de Rinosoro, Sorine ou Soro Fisiológico, principalmente na hora de dormir que melhora horrores.

- Tosse seca, nariz escorrendo clarinho, febre baixa (até 38,5) é RESFRIADO, relaxa que passa sozinho.

- Tosse com catarro geralmente melhora com INALAÇÃO de 5 ml de soro fisiológico e também não precisa se alarmar, passa.

- Tosse com catarro amarelo ou verde, nariz escorrendo amarelo ou verde, febre alta e falta de ar (esta, principalmente) já podem ser sintomas de INFECÇÃO PULMONAR e vale a pena levar ao hospital.

- Chiado ou falta de ar (em qualquer grau) vale sempre ser visto por um médico (no consultório, mas se a criança estiver cansada demais, leve ao PS)

Vômitos

Depois que a criança mama é normal voltar sempre um pouquinho, Vale o clássico mantê-la em pé até arrotar.

Se após toda mamada voltar MUITO ou TUDO, leve ao médico

Diarréia

Conceito básico: cocô normal de criança pequenininha é mole, amarelo (até meio verde) e fedido mesmo.

Diarréia é caracterizada pelo cocô mole como ÁGUA.

- Se nas fezes aparecerem sangue ou muco, leve ao médico

- Criança com infecção intestinal (vulgo virose) não come muito bem, vomita, tem bastante diarréia e pode ficar meio caidinha, com  febre baixa.

O importante é não deixá-la desidratada: ofereça líquidos (soro caseiro, água, suco, chá, leite – vale o que ela aceitar. Se for bebê menor de 6 meses, ofereça só o peito) à vontade, em pequenas quantidades (se der muito de uma vez, é capaz de ela vomitar), o tempo todo, principamente após a evacuação.

 - Sinais clássicos de desidratação: choro sem lágrimas, olho fundo, saliva grossa, boca seca (puxa a chupeta e não faz fio), ficar sem fazer xixi por mais de 4 horas.

- Se aparecer algum desses sintomas e a criança estiver vomitando muito ou aceitando pouco ou nada de àgua, vá ao PS. Senão, tenha paciência que em menos de 1 semana a virose passa sozinha.

Se a criança vomitar 1 ou 2 vezes e estiver aceitando mal a comida ou àgua é porque ela está enjoada mesmo. Vale dar Dramin gotas (uma gota por kg do bebê) de 6/6 hs, máximo de 75 gotas por dia) para melhorar.

Mas não insista se não melhorar nada depois de um dia com Dramin, nem dê se ela não estiver vomitando, senão ela vai dormir o dia inteiro.

Cólicas

Bebê chorando e se contorcendo provavelmente é cólica.

Massagem na barriga (sentido horário) e bolsa de água quente (cuidado para não queimar!) ajudam.

- Também pode dar chá de erva doce (a não ser que esteja só no peito) ou dimeticona – Luftal -, 2 a 6 gotas, 3 vezes ao dia.

- Deitar o bebê de barriga para cima e empurrar suas perninhas (joelhos dobrados) em direção à barriga também ajuda a expelir gases e pode melhorar.

- Se nada melhorar, tenha paciência. Criança tem cólica mesmo, acredite, vai passar.

Engasgamento

Se a criança engasgar, deite-a de bruços (sobre sua perna ou braços) e dê pancadinhas no meio de suas costas. Se ele engasga sempre, leve eo médico.

Pele

Tire sempre toda a pomada e reaplique novamente a cada troca de fraldas. A pomada genérica do Hiplogós é a que contém óxido de zinco e é mais barata.

- Se aparecer uma assadura diferente, com bolinhas vermelhas, pode ser infecção por fungos: coisa boba, é só levar ao pediatra e passar a pomada certa (nesse caso, nistatina)

 - Uma picada de mosquito pode dar alergia e espalhar várias bolinhas vermelhas pelo corpo (como várias picadas). Coça para caramba, então não esqueça de cortar as unhas do bebê. Se mesmo assim ele insistir e chegar a se machucar, ponha luvas.

 - Se estiver se coçando muito a ponto da criança chegar a chorar, você pode tentar xarope de loratadina (para bebês cima de 6 meses) 5 ml 1 vez ao dia, mas atenção, dá um pouco de sono.

- Bolhinhas de água no rosto e no corpo do bebê são por causa do calor, é normal e passa sozinho. Tente usar sabonete neutro, sempre.

- Infecção de pele parece picada mas aumenta rápidamente. Se tiver pus e dar febre: leve ao médico.

-Qualquer outro sinal: manchas, ardências etc, fora do comum: leve ao dermatologista.

Outras Dicas

Higiene

- Limpe o umbigo com álcool e cotonete até ele cair. Mas limpe bem, inclusive por dentro (entre o umbigo e a pele), Não tenha aflição, não dói nada pois a pele está morta.

- Para limpar o ouvido você pode usar cotonete na orelha e por fora do canal, mas NUNCA enfie o cotonete no ouvido da criança (isso vale para pais também) cotonete só serve para empurrar a cera para dentro.

Alimentação

O leite pode demorar até 3 dias para descer, depois que o bebê nasce. O melhor estímulo é colocar o neném para mamar: quanto mais ele sugar, mais leite descerá.

Tente deixar o aleitamento materno exclusivo o máximo possível, o mínimo é até os 6 meses.

Nesse período não dê mais nada, nem água nem chá. E bebês mamam muito mesmo  (normal de 2 em 2 horas) mas só porque o leite é de fácil digestão: não existe leite materno fraco. O bebê só dorme bastante depois de leite de vaca ou artificial simplesmente porque está estufado, como um adulto após uma feijoada, mas não quer dizer que esteja satisfeito.

Se o bico de seu seio rachar, evite lavar o peito com sabonete, exponha-o ao sol e pode molhá-lo com um pouquinho de leite após a amamentação (ajuda a cicatrizar). Dói, mas pode amamentar.

- Se seu seio ficar muito cheio pode  infeccionar (mastite) ou empedrar  e dói MUITO.  Portanto, se mantiver muito cheio, tire o leite. Você pode guardá-lo ou doar para um banco de leite. É possível continuar amamentando com mastite, mas procure seu obstetra.

Não é aconselhável que o bebê coma clara de ovos nem peixe (e frutos do mar) antes dos 10 meses.



No próximo post vou compartilhar com vocês a minha experiência. O que para mim funcionou ou não.

Beijinhos 

Mi