Depois de muitos ensaios sobre voltar a escrever ou não.
Enfim, resolvi: voltar a escrever.
Os motivos que me fizeram parar foram diversos, mas o maior
deles sem sombra de dúvidas se chama autossabotagem (ai como é esquisito
escrever isso assim, né nova regra ortográfica?).
Como a maioria das mulheres, eu vivo um conflito diário comigo
mesma. Perfeccionismo, medo de errar, desmerecendo meus méritos. Porém acredito
que minha dose é um pouco mais elevada do que a da maioria. Tenho uma mania grotesca
de autossabotagem. De minimizar meus bons feitos. De achar que sempre tudo pode
ser melhor do que está. Que diabos! Como se consegue ser feliz assim? Confesso,
às vezes é difícil. Mas tenho melhorado bastante este lado.
Acredito que a inconstância e o excesso de perfeccionismo
são duas coisas complicadas de conviver juntas. Talvez por isso eu vivo este paradoxo.
Explico:
Quando eu era solteira, minha vida era bem regrada. Apesar
das loucuras normais de pós-adolescência, tudo costumava ser bem pensado e nada
de grandes atropelos. Erros não eram permitidos e a autossabotagem reinava
absoluta.
Depois que casei, isto tudo mudou da água para o vinho. Quem
conhece meu marido sabe o quanto ele é meio, digamos, Kamikaze. Muda de ideia
com uma rapidez imensa, arrisca, mete a cara. Uma mexida gigante no meu
mundinho certinho. A convivência e a maneira como ele me coloca nas mudanças de
vida estão me fazendo amadurecer e também a encarar melhor metamorfoses. Isso tudo falando
apenas de nós dois. Ainda temos o “item” Maria Luísa, onde as mudanças foram
gigantes para nós dois.
Este mimimi whiskas terapia todo para dizer que deixei de
escrever por causa da falta de tempo e por achar que meus assuntos e minha
vidinha de mãe, esposa, dona de casa, auxiliar de assuntos aleatórios na
empresa do meu marido era bem chato. A
falta de tempo é a desculpa mais velha do mundo (e neste caso usada para
justificar falta de vontade). Achava que meu blog era desinteressante. E parei de escrever.
Mas como
pode ser tão ruim e desinteressante se continuo dando pitaco em tudo mesmo sem
blog? É pitaco por e-mail, pitaco por telefone, pitaco em rede social. São
amigas e amigos me pedindo para dar pitaco em tudo que é assunto.
De repente passei a ver que não é tão desinteressante assim.
É a tal autossabotagem me puxando o tapete novamente. Bitch!
Percebi que era a danada quando uma colega me disse que um
certo assunto no qual estávamos conversando merecia um post. Acho que não sou
tão desinteressante assim.
Mas o pontapé na minha bunda para voltar a escrever foi uma
reportagem que assisti no
Saia Justa do GNT ontem:
Medo de errar, que assunto hein? Depois disso decidi pegar
mais leve. Comigo e com os outros.
E esta é mais uma experiência que divido com vocês. Amigos, leitores
e amantes de pitacos despretensiosos que a blogueira aqui escreve.
Beijos
E até a próximha... que será em breve.
Mi